quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vivendo sem viver

Você está sem saída. De todos os lados você só encontra desconsolos, perdições, castigos, os nadas. Procurando alguém ou mesmo algo sem vida de onde lhe possa vir o socorro nas horas de desespero. Você se depara com o mais amigável e conhecido consolo, o ninguém.

Qual a verdadeira razão de sorrir ou apenas fingir as falsas felicidades quando na verdade você está um nada completo por dentro e não encontra o verdadeiro "eu" no mundo dos "alguém's"?

O nada, o ninguém, ambos unidos resultam em você, mas onde a vida encontra-se nesse momento? Ela está perdida sem você para poder vivê-la e, após a morte, merecer ser lembrada pelos outros de forma triste por a terem perdido. (não perdido você, mas ela, porque você já não pertencia mais a vida e nem ela a você).

"- Fazer da vida o que você quer..." Pense bem, porque no fim de tudo, é na verdade a vida que faz com você o que ela bem pretende.

"Porque a vida não foi feita para todos. Ela talvez nem se quer tenha sido feita para ser vivida." (Charles B.)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Apenas um desabafo


Cansei. Tudo vem ficando cada vez mais intenso, minha vida nem parece mais pertencer a mim. O chão vem se abrindo mais e mais a cada dia, as pessoas estão sumindo, nem encontro mais apoio nos pés, é como se eu não soubesse mais me equilibrar em mim mesmo.

Quando deito e durmo, tudo é lindo, nem lembro mais dos problemas, nem dos nadas, nem da vida. Como seria bom esquecer que se está vivendo e apenas sentir! É tão bom dormir e esquecer-se da vida, mas nem isso estou sendo capaz de fazer. Queria poder receber um abraço verdadeiro que me permitisse achar que aquele era o único momento que existia e que existiria, mas nem disso posso desfrutar.

Será que alguém consegue segurar a felicidade em suas mãos? Eu achava que sim, até o dia que percebi que também estava errado; eu havia perdido a felicidade. Na verdade, eu nem sei mais qual o caminho tomar e qual rota seguir. Acho que somente me perdi de mim mesmo, só isso. Talvez eu até seja melhor sem mim; meu vazio talvez encontre a felicidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pequenos flashes

O tempo tem insistido em não nos perdoar, em não nos ajudar. Sempre quando estamos juntos algo bom acontece, alguma sensação nova sempre aparece.

Bom seria que esses momentos durassem mais e que, quando eles ocorressem, nós pudéssemos desfrutar mais um do outro, desfrutar mais da sensação de estar perto.

Não reclamo de nada além de que preferia que tivéssemos um dia só nosso, um momento, um instante, um segundo que estivéssemos a sós... Sem o tempo! Sem o tempo pra nos avisar que já está na hora de ir cada um pro seu lado, que está na hora de cada um tomar o seu rumo, que está na hora de nos despedirmos.

Ao teu lado eu fico com a impressão de que o tempo pára, de que o planeta não gira mais e que vamos ter o a eternidade para continuar, sendo que na verdade, o relógio está contra nós e insiste em andar cada vez mais rápido, fazendo com que nossos momentos tornem-se apenas flashes... Pequenos flashes.


Sorte seria se esses flashes se tornassem constantes, mas agora, além do tempo, tem a vida que não nos permite termos os nossos rápidos momentos com uma maior freqüência... Temos que nos conformar em nos ver em grandes intervalos de tempo.

O tempo, a vida, o relógio... Três palavras que andam juntas e nos proporcionam alegrias e tristezas. Tristezas... Porque o tempo não volta atrás e às vezes nos arrependemos por não termos feito algo... Porque a vida é muito curta e não nos permitimos viver como ela deve ser vivida... Porque o relógio está contra nós e persiste em andar numa velocidade indesejada. Alegrias... Porque o tempo ao teu lado se torna precioso e deve ser aproveitado em cada milésimo... Porque a vida nos prega peças e nos levam a conhecer pessoas que vão se tornar especiais em nossas mentes e corações... Porque o relógio faz com que cada pequeno flash de encontros cronometrados contigo seja aproveitado a cada movimento do ponteiro.



domingo, 15 de agosto de 2010

Simplicidade

Eu vi um mosquito voando. Minha amiga me surpreendeu com essa simples frase, então eu parei um pouco, e me veio um questionamento que merece ser feito a todos: você já parou pra pensar que as melhores coisas da vida, são as pequenas e simples? Tem gente que só se sente feliz se conseguir alcançar um sonho que por muitos, pode ser considerado utópico. Ok, eu não estou dizendo isso pra que as pessoas parem de sonhar, mas pra que elas vejam que não são apenas os “super sonhos” que devem merecer o nosso esforço pra que possam ser alcançados.

Imagina isso, você passa sua vida toda atrás de um único sonho e nem pensa mais nos outros que podem ser mais fáceis de realizar, então você vai vivendo em função somente desse e deixando os outros de lado. No fim das continhas dos dias da sua vida, talvez você nem consiga realizá-lo e morrerá sem ter realizado as pequeninas coisas que alegram os nossos singulares momentos de alegria. Fim, a vida chegou ao fim e você não se sentiu feliz realizando nem um desejo sequer. Com isso tudo que eu disse você fica, talvez, ainda se perguntando o que eu quero passar para você com todas essas frases, mas o que eu tenho a dizer é bem simples: dê mais valor aos seus desejos “insignificantes”. Dê mais valor às pessoas verdadeiras que te cercam. Dê mais valor aos momentos singulares de sorrisos com amigos. Dê mais valor às palavras simples que lhe são ditas. Dê mais valor a você mesmo. Dê mais valor à vida. Dê mais valor...



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mudança de um reflexo


Ser somente você num mundo cheio de discórdias e falsidades tem se tornado uma tarefa árdua e praticamente impossível.

Quem aqui nunca, em algum momento, fingiu ser algo pra agradar aos outros ou então pra agradar a si mesmo e tentar mudar a imagem derrotada que estava vendo de frente ao espelho? Digo a você que muitas pessoas já passaram por uma situação parecida com essa algum dia: acordar, se arrumar, olhar-se no espelho e ver que aquela pessoa que está no reflexo não deveria ser ela, porque o reflexo não parece com ela, ou melhor, é ela, mas ela não queria ser e nem parecer com o reflexo. A pessoa meio que se sente um derrotado e pensa: “Eu preciso mudar, eu vou mudar”, quando na verdade, ela não pode mudar muita coisa de um derrotado, pois isso é no que ela se transforma quando não se aceita e começa a mudar pra ser aceito pelos outros. Afinal, o que vale é ser aceito por todos e não ser você mesmo? Assim as pessoas não vão gostar de você, e sim, do reflexo que você tanto sonhou pra ti. Mas onde você, o verdadeiro você, se encaixa e reaparece na história? Em lugar nenhum!

Não há como você se encaixar num mundo no qual você não pode e não consegue ser aceito do jeito que você é, pois na verdade, quem estará se encaixando não será o seu verdadeiro “você”, mas algo super genérico e que será igual a quase todos os genéricos por aí. O que vale é ser diferente, mesmo que isso signifique ser aceito somente pelos diferentes como você, que no caso seriam bem poucas pessoas.

No fim das contas, o seu eu não genérico vai ter uma vida de alegrias, risos e que foi super aproveitada com a quantidade restante e microscópica da população que também resolveu não se deixar contagiar pela síndrome de mudança de reflexo, que leva todos a um estão de solidão permanente no futuro.

Seja você mesmo, mesmo que o seu ser verdadeiro não venha a condizer com o que a sociedade julga como o ser correto. O importante é ser alguém que o faça viver uma vida feliz e que não gere lamentos, choros e arrependimentos futuros por uma vida mal vivida, porque a vida é única, rápida e não tem como retroceder pra viver de forma diferente.