Parando um pouco pra pensar sobre a infância, aqueles velhos
tempos e bons tempos onde não existiam preocupações a não ser a de saber o que
a mamãe tinha colocado dentro da lancheira, ou da cor que você poderia pintar o
desenho da professora no colégio, ou sobre qual cadarço iria por cima e por
baixo pra conseguir dar o nó. Aquela
época em que os romances poderiam sim ser eternos, em que os finais felizes
eram possíveis e em que os sorrisos eram sorrisos. Crescer significa perder
tanto. Perder a liberdade de ser livre, o sentimento de sentir algo bom, a felicidade
por estar sendo feliz, mas o mais engraçado é que perdemos isso quando alcançamos
o que mais desejávamos quando crianças, nós crescemos. A vida sempre pede algo
em troca, mas não entendo porque temos que perder coisas tão preciosas para
crescer, porque crescer significa se tornar mais individual? Porque ao crescer
temos que aprender a lidar com os amores partidos? Afinal, porque os amores dos
adultos não podem durar como os amores infantis? Será que existe mesmo esse tal
amor de adulto? É como se algo começasse a se infiltrar dentro de nós a medida
que crescemos e esse algo vai tomando o espaço do que é verdadeiramente bom, que
é o da vida que é vivida da maneira mais bonita, com sorrisos, brincadeiras,
amores e sem preocupações. Crescer para perder, perder ao crescer, e ganhar...
Ganhar o que, afinal?
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